O que é?
Como o nome diz este é um trantorno cujo aspecto central é o delírio. Diferentemente dos demais transtornos psicóticos esses pacientes têm uma vida normal exceto pelo seu delírio. Os problemas causados pelo delírio podem ser amparados pela família dependendo do suporte que houver, por isso muitos nem chegam a ir ao psiquiatra.
Como se apresenta
Existem uns tipos básicos de delírio sob as quais o transtorno delirante se manifesta: o tipo persecutório, o de ciúmes, o somático, e o erotomaníaco dentre outras.
O persecutório, o mais comum, é tipicamente vivido pelo indivíduo que se sente prejudicado por forças externas como a companhia de gás que põem veneno na sua tubulação, a receita federal que investiga sua idoneidade. Este tipo pode chegar ao confronto real, ou seja, ir ao lugar onde se origina os delírios e brigar com as pessoas que lá estão.
No de ciúmes a pessoa se convence de que seu cônjuge é infiel, utiliza-se de “evidências” improváveis para justificar suas crenças, como uma roupa desalinhada, um pequeno atraso, manchas na roupa. Atitudes como investigação do(a) amante ou intervenções direta na vida do cônjuge podem ser tomadas pelo paciente.
O somático (ou corporal) pode ser confundido com hipocondria, a diferença básica entre um e outro está no grau de ansiedade vivido pelo hipocondríaco verdadeiro; no delirante a convicção numa possível doença não é acompanhada do mesmo medo que o outro tem. Contudo mais comum do que a crença numa doença inexistente é a crença num defeito corporal como a convicção na emissão de odores desagradáveis pela boca, ânus, vagina, pele que se encontram infestados de germes ou parasitas internos. Pode também se manifestar sob a crença de que determinada parte do corpo não funciona, como um rim paralisado.
Por fim a erotomania é a crença de estar sendo amada (síndrome mais comum em mulheres) por uma determinada pessoa geralmente de um status superior. Apesar da aparente puerilidade desse delírio suas conseqüências podem ser tão danosas quanto as do delírio de perseguição a partir do momento em que esses pacientes intervêem diretamente na vida daqueles que acreditam estarem apaixonados por ele. Por exemplo, uma fã achar que é amada pelo seu ídolo e começar a intervir na vida pessoal dele para que declare seu amor por ela.